6 de jun. de 2014

Um pouco de mim

   Está bom. Eu confesso. Sou clichê. A maioria dos autores é. Mas eu tento utilizar os clichês a meu favor, como fazia o mestre Edgar Allan Poe.
   A maioria de meus contos de terror eu tento ser como ele. Envolver o leitor em uma narrativa fantástica. Fazê-lo sentir o medo, o drama, o terror, do personagem. Não sei se obti sucesso ou não.
   Mas agora, espero trazer uma narrativa suficientemente boa, para que sintam aquilo que meus personagens sentirão. Peço minhas solenes desculpas pelo atraso deste... Conto? Seria? Creio que não. Isto é apenas mais uma narrativa, na qual coloco o meu eu. Em uma dosagem escolhida a dedo.
   Todo autor faz isso, eu coloco tanto de mim em meus contos, minhas narrativas, que não sei mais se considero uma ficção. Pois há tanto de mim, que considero-a como se fosse a mais pura realidade, ou um universo paralelo.
   O real motivo para um autor deixar de escrever por um tempo, é ou ele ter perdido os sentimentos, ou tê-los em excesso. Por isso estou aqui. Para falar de mim. Minha mente gira em círculos. Já pensei em escrever minha vida, claro, como uma narrativa de ficção, com nomes falsos e tudo, mas, eu não sei por onde começar. Em vez disso estou aqui, escrevendo sobre a alma de um autor, a vida de um. Por simplesmente, ser uma autora...